“Do zimbo ao kwanza” é o tema da mostra colectiva de arte a ser inaugurada na sexta-feira, às 18h30, na galeria Tamar Golan, na Baixa de Luanda, que retrata alguns registos históricos da moeda nacional antes e depois da época colonial.
Vários artistas retratam alguns registos históricos da moeda
Fotografia: Edições Novembro
Em declarações, ontem ao Jornal de Angola, o artista plástico Walter Pataca, mentor do projecto, explicou que nesta exposição participam os pintores Cristiano Mangovo, Heitor Paulo, Adão Mussungo, Dom Sebas Kassule e o próprio.
Cada artista, assegurou Walter Pataca, vai participar em média com três quatdos, onde a ideia é permitir que os mesmos apresentem vários temas relacionados com o angolar, escudo, zimbo, sal, cobre, panos, marfim, macuta, fazendas e kwanzas.
As obras, realçou o pintor, retratam o percurso da utilização em Angola, de colares formados por rodelas de conchas de caracóis e outras furadas no centro e enfiadas em fios de fibras têxteis como instrumento de troca. A mostra disse Walter Pataca conta a história da queda do valor do zimbo, que deu lugar à predominância dos “panos” como moeda mais generalizada, seguindo o sal, cobre, escravos e marfim, que eram também outros instrumentos de troca.
A ideia, explicou o mentor da exposição, é apresentar um trabalho que procure não fugir “verdadeiramente à identidade nacional e internacional da moeda angolana.” Este grupo de artistas procura transmitir ao público a importância de trabalhar-se com material como dinheiro, fazendo a selecção de várias obras de arte com técnicas como acrílico e mista.
O também arquitecto Walter Pataca explicou que explorou o surrealismo nos seus trabalhos, utilizando uma das moedas e notas mais emblemáticas do continente africano o “kwanza”, retratando aspectos culturais, explorando o retrato da rainha Njinga Mbande e dos Chefes de Estado.
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